27/02/2008

A ÁRVORE QUE MAIS CRESCE

Os reflorestamentos muitas vezes não são bem vistos pela demora do retorno do dinheiro investido, por este motivo, muitos produtores não vêem vantagem neste tipo de empreendimento. Porém, os avanços da silvicultura através da descoberta de novas tecnologias podem reverter esse quadro do reflorestamento. A melhoria da produtividade pode tornar esta atividade cada vez mais rentável e lucrativa, principalmente pela silvicultura de espécies nativas de rápido crescimento. Merece destaque o Pau-de-balsa (Ochroma pyramidale), uma árvore com ocorrência natural desde o sul do México até a Bolívia e na Amazônia brasileira e que cresce em altitudes que variam de 0 até 1000m. É uma das árvores com o ciclo de corte mais rápido, em torno de 5 a 7 anos, sendo uma das conhecidas com maior incremento anual no mundo. O seu valor comercial possui ótimas cotações chegando a 500,00 dólares o metro cúbico, porém, devido ás características tecnológicas como a baixa densidade e conseqüente leveza, é muito utilizada para fabricação de aeromodelos e pranchas de surf, e neste caso, aproximadamente em apenas um ano e meio o seu valor atinge 1.500,00 dólares. Algumas características silviculturais: depois de plantada a muda, em alguns meses, atinge 2,4m de altura; em 2 anos mais de 6m; aos 3 anos as árvores iniciais estará a 45cm de DAP; em 5 anos atingirá cerca de 20m de altura e mais de 50cm de diâmetro; e quando atingem a maturidade podem medir 30m de altura e mais de 70cm de diâmetro com 7 anos de idade. A produção já no 3º ano pode chegar a 100m³/ha e em alguns lugares pode chegar até 150m³/ha; no 5º ano estima-se que pode passar dos 220m³/ha. Em reflorestamentos homogêneos possui um alto índice de sobrevivência, com fustes retos e sem galhos podendo chegar até 96%. Os reflorestamentos com esta espécie ainda estão em fases iniciais, porém o atrativo do seu rápido crescimento pode despertar o interesse dos produtores em cultivar esta prodígia árvore. Em virtude das características silviculturais dessa espécie o Brasil pode se tornar um celeiro de exportação desta madeira, pois os retornos são excelentes e superam a atratividade de essências florestais exóticas reflorestadas no momento.